Em primeiro lugar realizando as duas matérias eu li mais de 1300 páginas. Que incluem o material utilizado pelo professor em aula mais o material auxiliar. Isso, sem contar os livros obrigatórios para leitura e artigos extras. Além disso, como trabalho final de matéria realizamos um trabalho de pesquisa que gerou um relatório de quase 200 páginas ao total. Em comparação, a edição de 2000 da Bíblia Sagrada da Editora Paulus possui mais de 1650 páginas divididas entre o antigo e o novo testamento. Ou seja, é muita leitura. Fazendo um comparativo, um semestre de estudo no meu curso no ano passado teve a indicação de leitura a mesma carga acima citada, mas a diferença é que aqui foram seis matérias e não duas. Além disso, a universidade conta com uma plataforma onde todos os materiais utilizados pelos professores estão disponíveis on line onde somente os alunos matriculados na cadeira tem acesso.
Não me atreveria dizer que o ensino é melhor que o brasileiro. O argentino é mais teórico que o brasileiro, e ao contrário do que muitos pensam existe muitos trabalhos extraclasse que fomentam a aplicação de conhecimentos. Em média um argentino faz três ou quatro matérias ao semestre. Mais que isso é impossível segundo relatos dos meus colegas, quem deseja fazer isso não desgruda dos livros. E são poucos que trabalham e fazem faculdade, geralmente que trabalha e estuda leva com uma ou duas matérias e empurra a graduação por anos. Já no Brasil é muito comum encontrar alunos que trabalham e estudam, falando de administração para deixar claro. E é nesse ponto que diferencia o ensino superior argentino do brasileiro.